Um interessante artigo sobre aplicação da tecnologia dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG) foi publicada na Revista Estudos Geoambientais, que é um periódico vinculado ao Grupo de Estudos GeodiversidadePB, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Neste trabalho o software livre gvSIG tem um grande destaque como ferramenta na elaboração de Frameworks de Geodiversidade.
O QUE É GEODIVERSIDADE?
Antes de falarmos sobre o trabalho é importante entender o que é o tema analisado. Afinal, o que é Geodiversidade?
Uma definição em geral aceita para o termo Geodiversidade é a proposta por ARAÚJO (2005):
Entende-se por geodiversidade a variação natural dos aspectos geológicos (rochas, minerais, fósseis), geomorfológicos (formas e evolução de relevo) e do solo. É importante ressaltar que a geodiversidade não inclui apenas elementos abióticos da natureza, mas também os bióticos.
E o que seria um framework neste contexto? Conforme explicado no artigo que iremos comentar abaixo, um Framework de Geodiversidade é:
Uma forma de classificar a geodiversidade de determinada região a partir da criação de categorias (frames) com base em temas e não por áreas geográficas para que, em seguida, seja realizado o inventário do geopatrimônio, direcionando-se esforços para identificar locais que sejam representativos de cada classe temática definida.
SIG NA ELABORAÇÃO DE FRAMEWORKS DE GEODIVERSIDADE
O objetivo do trabalho produzido por Leonardo Figueiredo de Meneses e Marcos Antônio Leite do Nascimento, é apresentar os procedimentos adotados para o processamento de dados cartográficos e alfanuméricos utilizando um software de SIG (no caso, o gvSIG), visando a construção de frameworks de geodiversidade, tomando-se como exemplo o recorte geográfico da região do Cariri do Estado da Paraíba.
A primeira tarefa realizada foi a compatibilização dos sistemas de referência das diferentes bases cartográficas a serem utilizadas, evitando, assim, desvios de posicionamento dos dados em estudo. No caso deste trabalho, todos os dados cartográficos obtidos foram reprojetados para SAD69. Esta operação foi executada utilizando-se a função Reproject, do módulo Sextante que acompanha o gvSIG quando de sua instalação.
O mapa geológico foi classificado em categorias temáticas de acordo com os valores apresentados em seus atributos, observando sempre a utilização de campos (litologia, idade geológica, por exemplo) que apresentassem valores preenchidos para todos os polígonos das unidades geológicas.
Percebe-se, com os resultados obtidos, que a adoção dos SIG apresenta como diferencial a possibilidade de simular diversas propostas, desde as mais simples até proposições complexas, que envolvam diversos temas que componham a geodiversidade da região sob análise.
DOWNLOAD DE ARTIGO COM USO PRÁTICO DO GVSIG
Não deixe de conhecer a página oficial da Revista Estudos Geoambientais. Para ler na íntegra o artigo, acesse o link abaixo e faça o download:
- Artigo: SIG aplicados à Elaboração de Frameworks de Geodiversidade
Aproveitamos a oportunidade para elogiar aos autores pelo excelente trabalho publicado. É sempre bom ver pesquisadores fazendo bom uso de ferramentas open source em seus projetos.
Também aproveitamos para incentivar aos nossos leitores que nos informem sobre outras publicações sobre aplicações práticas das Geotecnologias e que mereçam ter um maior destaque. Será um prazer divulgar em nosso site.
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